Coçar os olhos é uma prática comum no dia a dia. Muitas vezes, fazemos até inconscientemente, sem nem perceber. No entanto, é preciso estar atento a isso, já que o ato de coçar os olhos pode ser prejudicial à nossa visão e desencadear o ceratocone.
Pensando nisso, foi criada a campanha Junho Violeta, com o intuito de conscientizar a população sobre os riscos dessa doença. O ceratocone afeta a estrutura da córnea, uma camada fina que cobre a parte da frente do olho. Ele se caracteriza por um afinamento e aumento na curvatura da córnea, que passa a ter um formato irregular e fica mais fina.
Os principais sintomas são a visão distorcida e embaçada; e alterações frequentes no grau dos óculos, em especial para miopia e astigmatismo. A doença começa a se manifestar entre os 13 e 18 anos, e progride ao longo dos anos seguintes. Ela pode surgir por predisposição genética, histórico familiar, ou pelo ato de esfregar os olhos excessivamente.
Embora não tenha cura, existe tratamento para o ceratocone. Por isso, é essencial consultar o oftalmologista regularmente, para que haja um diagnóstico precoce, evitando o avanço dos sintomas.
Tratamento
Caso a doença seja descoberta ainda em seus estágios iniciais, o uso de óculos é suficiente para melhorar a visão. Em situações mais avançadas, pode ser preciso uma lente de contato rígida ou anel de Ferrara, também chamado de anel intraestromal corneano. Este último é colocado no meio da córnea, ajudando a estabilizar o ceratocone e melhorar a visão quando óculos e lentes de contato não forem eficientes.
Há também o crosslinking, cirurgia que fortalece as moléculas de colágeno da córnea a partir de irradiação ultravioleta. Em último caso, é possível recorrer ao transplante de córnea. Embora a doença seja a principal causa desse transplante no Brasil, ele é recomendado apenas para situações mais graves.
Importância da consulta com oftalmologista
Por ser uma doença associada à infância e juventude, é essencial que os pais fiquem atentos a possíveis sinais de ceratocone por parte dos filhos.
Em qualquer faixa etária, é indicado que o oftalmologista seja consultado ao menos uma vez por ano, já que ele é capaz de identificar doenças oculares antes mesmo dos sintomas aparecerem.
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