Como o varejo ótico se reinventou para o pós-pandemia?

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         Por Rafael Rodrigues, Country Manager da CECOP Brasil

O contexto de pandemia vivido, no seu ápice, entre os anos de 2020 e 2021, foi um dos cenários mais desafiadores para a história da economia contemporânea.

E, para sobreviver ao cenário de crise mercadológica em virtude da necessidade de isolamento social e das políticas restritivas de combate ao Coronavírus, boa parte das empresas do Brasil e do mundo tiveram de se reinventar e planejar estratégias com foco no reforço de caixa, manutenção de uma parcela de seu faturamento e do contato com consumidores, sobretudo em canais digitais.

Naturalmente, esse contexto também trouxe impactos para o mercado de óticas do país. No comparativo com 2019, por exemplo, o ano de 2020 apresentou uma redução na casa de 16% em relação a geração de negócios, de acordo com números da Associação Brasileira da Indústria Óptica (Abióptica).

Mas, como sabemos, o varejo ótico brasileiro é um dos segmentos mais resilientes da economia brasileira e, já em 2021, o setor apresentou um movimento importante de recuperação, fechando o ano com um crescimento acumulado próximo de 10% – avanço que deve seguir em 2022, haja vista que as projeções atuais indicam crescimento de 8,9% para o setor.

Nesse sentido, se, por um lado, o contexto de pandemia trouxe inegáveis desafios para as óticas nacionais, mais uma vez, o segmento provou seu poder de recuperação e colheu ainda alguns aprendizados importantes que irão perdurar no período atual de retomada econômica.

Logo abaixo, cito os 5 principais pontos que, no meu entendimento, demonstram um processo positivo de reinvenção por parte do mercado ótico:

1. A inovação chegou para ficar

O uso de novas tecnologias como uma estratégia de diferenciação passou a ser uma realidade dentro do ambiente de negócios nacional. Segundo pesquisa da FGV, por exemplo, apenas em 2021, a transformação digital avançou no país o equivalente a 4 anos. No mercado ótico, essa realidade se viu presente por meio da adoção de sistemas gerenciais, testes rápidos de visão com uso de Inteligência Artificial e uma série de inovações voltadas para o Varejo.

Esse movimento veio para ficar e está disponível para as óticas independentes! Na CECOP, todos nossos associados têm acesso a ferramentas disruptivas desenvolvidas em parceria com startups e empresas de ponta por meio da CECOP Labs.

2. O uso de canais digitais

É importante deixar claro que quando falamos de transformação digital, não se trata de reinventarmos a roda ou implementarmos estratégias complexas, custosas e de difícil execução. A ideia é que as óticas façam também uso de alguns ativos digitais simples, gratuitos ou de baixo custo. Dentro desse contexto, outro aprendizado que seguirá no pós-pandemia envolve o uso de canais digitais como estratégia de posicionamento e marketing.

3. O desenho de novas experiências e o paradigma phygital

O avanço da digitalização no mercado abriu também espaço para novas possibilidades em torno da experiência do cliente. É o caso do modelo phygital, conceito que explica que as fronteiras entre o físico e o virtual serão cada vez mais sutis no mercado e que uma empresa, para ter sucesso, terá de oferecer experiências completas, positivas e que se comunicam nesses dois ambientes.

Sim, para ter sucesso, uma ótica precisará reforçar tanto o seu posicionamento online por meio de diferentes canais (mídias sociais, e-commerce e canais de mensageria), quanto a experiência presencial de seus clientes – que podem ainda fazer compras em uma loja virtual e retirar produtos no ponto físico, por exemplo.

4. Ampliação de portfólios

Dentro de um ambiente de negócios extremamente competitivo, as óticas também perceberam que precisam ir além do «feijão com arroz» e investir na diversificação de seu portfólio de lentes e armações, inclusive como meio para impulsionar suas estratégias de markup.

Na CECOP, nossos associados contam, por exemplo, com programas de desconto e cashback com as mais reconhecidas marcas do varejo ótico global e, com isso, conseguem se fortalecer diante de grandes redes e frente à competição regional de outros negócios. Não por acaso, as 1,3 mil óticas associadas à CECOP no Brasil já geraram mais de R$ 1 bilhão em vendas aos seus consumidores.

5. Avanço nas metodologias de gestão e estratégias de crescimento

Finalmente, um aprendizado decisivo do contexto de pandemia foi o de para transformar seus negócios, os empreendedores também precisam se transformar. E isso inclui um processo de abertura para novos conhecimentos de gestão, metodologias de crescimento organizacional e de busca por uma contínua diferenciação competitiva.

Atenta a esse movimento, novamente a CECOP se antecipou ao mercado e, além de nossos associados contarem com uma rede de networking para dividirem insights, desafios e oportunidades, nós oferecemos para cada um deles a oportunidade de participar de mentorias, consultoria empresarial e de um Programa de Gestão de Óticas exclusivo desenvolvido em parceria com a FIA.

Em outras palavras: a reinvenção é uma realidade no mercado ótico e, dentro dessa corrida, os associados da CECOP já saíram na frente

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